Darcy Ribeiro
Os discursos e as rabecas (2010)
Durante a cerimônia, o primeiro a discursar foi o presidente da Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), Paulo Ribeiro, sobrinho de Darcy. Seguiu-se o pronunciamento do arquiteto José Filgueiras Lima, o Lelé, responsável pelo projeto do Memorial. Depois foi a vez de José Geraldo de Souza, reitor da UnB, que ressaltou o diálogo estabelecido pelo governo Lula com os reitores das Universidades Federais e a importância de programas de fomento como o Reuni.
Após a fala de José Geraldo, os presentes ouviram a apresentação da Orquestra de Rabecas do Sertão, composta por 20 músicos, sendo 17 rabecas e três violinos. Os músicos, usando trajes tradicionais, executaram um pout-pourri de músicas populares brasileiras. A orquestra veio de Montes Claros, Minas Gerais, cidade natal de Darcy Ribeiro.
Atordoado pelo calor e pela grita dos estudantes que protestavam pela conclusão de obras, como a Casa do Estudante (CEU) e a construção dos novos campi, Lula dava mostras de cansaço e irritação quando começou seu discurso. O presidente se limitou a ler o discurso preparado de antemão, deixando de lado os improvisos. “Como integrar o saber com o fazer, como tornar o saber um instrumento para melhorar o mundo? Darcy sonhou a UnB dentro dessas perspectivas. Trazer para cá o seu legado é uma maneira de fazer a criatura reencontrar o seu criador”. O presidente destacou ainda a importância da UnB enquanto centro de pesquisa e de produção de conhecimento.
O presidente do Uruguai, José Mujica, ressaltou a importância de Darcy Ribeiro para a luta social não só no Brasil, mas em toda a América Latina. “Um homem busca o conhecimento não para si próprio, mas para seu povo”, disse ele em espanhol.
Fonte: Estrato do artigo 'Sob protestos de estudantes, é inaugurado o Memorial Darcy Ribeiro' escrito por André Shalders
Mais informações:
http://www.fac.unb.br/campusonline/mundo-academico/item/688-unb-inaugura-o-memorial-darcy-ribeiro
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