Guarani
Encontro na aldeia Tekoá Anhetenguá (Lomba do Pinheiro) (2008)
Conforme reivindicação dos representantes Guarani, o primeiro passo foi viabilizar um encontro entre os representantes indígenas, os extensionistas rurais e as entidades parceiras que atuam junto às comunidades Guarani, visando a construção de uma Ater diferenciada. Durante quatro dias, os representantes das 20 comunidades estiveram reunidos na aldeia Tekoá Anhetenguá, em Porto Alegre, para discutirem internamente sobre a sustentabilidade e o papel da extensão rural nesse processo. Concomitantemente, os extensionistas rurais também se reuniram para debater sobre a atuação da Ater. Ao final do evento, houve o encontro de ambos, com a participação de parceiros. Esse encontro entre todos os atores envolvidos no projeto foi coordenado pelos próprios representantes Guarani, o que exigiu que os não-índios se comportassem na aldeia, conforme o sistema cultural indígena. Foi realizado um “ritual” de boas vindas a todos os participantes, coordenado por um soldado (xóndaro). Todos tiveram que se organizar em fila, primeiramente os homens, e depois as mulheres, para cumprimentar os Guarani que os esperavam em círculo e dançando ao som do violão e da rabeca (violino). A fila foi conduzida pela liderança religiosa (karaí) para dar a primeira volta e, na segunda, cumprimentando a todos com os dois braços levantados, pronunciando a palavra aguyjeve te (saudação tradicional). Após essa saudação, os não-índios foram conduzidos até um espaço à sombra, aguardando o final do ritual entre os Guarani.
Fonte: SOARES, Mariana de Andrade. Um novo olhar sobre a Ater indígena no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/RS-ASCAR, 2008. p. 27.
Mais informações:
http://www.emater.tche.br/site/br/arquivos/servicos/publicacoes/realidade_rural/realidade_rural_50.pdf
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