Foi através do amigo e também rabequeiro Murilo Silva que tive contato direto com dois grandes mestres rabequeiros da zona da mata pernambucana: o saudoso mestre Salustiano e seu Luiz Paixão. Da nova safra de rabequeiros contemporâneos, Maciel Salu, Siba, entre outros, são também inspiradores nesta constante aventura de desbravamento deste instrumento legitimamente brasileiro.

Uma tentativa de fazer um violino caseiro? Não... Toda rabeca que surgi pelas mãos dos nossos artesãos, “luthiers populares”, remetem a uma ancestralidade longínqua que atravessa a colonização moura da península ibérica e vai bater nas paragens desérticas do oriente. Assim como lá, o nosso Nordeste tem vários paralelos sócio-econômicos: cultura da cabra, das feiras de rua, religiosidade, ligação com a terra e principalmente festas, muitas festas.

Para santos, colheitas, comemorações ou simplesmente vadiagem, é em nome desse tipo de comunhão que tocamos nossos trabalhos. Além dos folguedos populares com cocos, arrasta-pés e toadas de cavalos-marinhos procuro diversificar meu repertório rabecado com baiões instrumentais de Hermeto Pascoal, Guerra Peixe e Sivuca. Clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro também não faltam pra animar o baile.
Nessa militância cultural ininterrupta iniciada desde 1999 em Recife, já propaguei o som da minha “Pitunguinha” (foi seu Pitunga quem fez minha rabeca) em pelo menos três continentes, já tendo tocado além do Brasil afora, em Paris, Berlim, Beirute e Amsterdam.

Discografia:
-Coletânea Pernambuco em Concerto, Recife, 1999.
-Revista Bexiga Oficina do Samba, São Paulo, 2005
-Bem mais Perto, Adriana Caparelli, São Paulo, 2006
-O Sol Rodando Vermelho, Adriano Salhab, São Paulo, 2008

Contato:
55 11 8148 11 21/ 55 11 2613 87 27
adrianosalhab@hotmail.com
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www.myspace.com.br/uzynadochoro

Adriano Salhab
Recife - São Paulo

Fonte: Adriano Salhab

Mais informações:

http://www.myspace.com.br/adsalhab

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