O sr Agostinho Robbio, tem dado já alguns concertos de rabeca, com um concur-o e aceitação nunca vistos em Ponta delegada! O artista Genovez merece-o. Depois de ter discorrido França, Inglaterra, duas Americas, Hispanha e Portugal, sempre admirado, sempre havido como profissor, apezar de estar ainda na primavera da vida; não fora nesta cidade, onde também se-sabem admirar as raridades, que o sr. Robbio devia encontrar ouro acolhimento. A nobre affibilidade, a doçura do seu caracter o-recommendam á primeira vista: são o occulto instrumento de que naturalmente se-serve para conquistar, como conquista, as sympathias geraes. Do seu merito artistico pouco diremos; é daquellas coisas, que se sentem bem, mas que difficilmente se-exprimem: a rabeca nas mãos do sr. Robbio tem uma natureza magical vae roubar aos demais instrumentos todas suas harmonias - vae ao seio da creação animada tirar os seus gemidos - vae nos echos, e nos ventos, que siciam na ramagem, buscar vozes, e inspirações, que converte em poesia sublime!

Fonte: Revista Dos Açores, vol 1, p. 4, 1851.

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