Eduardo Okamoto
Eldorado (2009)
Acompanhado por uma “Menina”, um cego busca encontrar o que nenhum homem pôde jamais: Eldorado. Toda estória se resume nisto: era uma vez um homem que procura. Nos tempos e lugares da viagem, haja espaço para humanidades – travessia
“Eldorado” encena a história que usualmente se desconta: descartada à primeira vista. O espetáculo nasce da observação da realidade, da interação com construtores e tocadores de rabeca, instrumento de arco e cordas, parecido com o violino, presente em muitas manifestações da cultura popular do Brasil. Desta maneira, procurou-se exercitar o olhar, encontrando no cotidiano os pequenos acontecimentos poéticos. Entre as margens da estória e da história, “Eldorado” procura recriar realidades. Assim, possamos recriar a nós mesmos.
Em pesquisas de campo nas cidades de Iguape e Cananéia (litoral sul de São Paulo), o ator Eduardo Okamoto visitou rabequeiros, recolhendo causos, músicas, ações, gestos, vozes. Assim, codificou um repertório atoral que serviu de base à criação dramatúrgica. O premiado dramaturgo argentino Santiago Serrano partiu destes materiais primeiros para criar um texto inédito. No fim da jornada, o diretor Marcelo Lazzaratto (da Companhia Elevador de Teatro Panorâmico) orquestrou estas criações de ator e autor.
“Eldorado” fala destes territórios de viagem. Ali, onde o viajante é atravessado enquanto atravessa geografias. Ali, onde todo homem é único e igual a todos os demais.
Por sua atuação em “Eldorado”, Eduardo Okamoto foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator 2009.
Ficha Técnica
Concepção, pesquisa e atuação
Eduardo Okamoto
Dramaturgia
Santiago Serrano
Direção e Iluminação
Marcelo Lazzaratto
Figurino
Verônica Fabrini
Preparação em rabeca e Trilha Sonora Original
Luiz Henrique Fiaminghi
Fotografia
Fernando Stankuns
Orientação
Suzi Frankl Sperber
Produção
Daniele Sampaio
Duração
60 min.
Fonte: Eduardo Okamoto
Mais informações:
http://www.eduardookamoto.com
Indice = 379
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