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José Elias Alves
Entrevista com José Elias Alves (1984)
Entrevista com o rabequista e lutiê José Elias Alves, em que também afina os instrumentos e toca algumas peças.
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Zé Elias conta que nasceu na Ilha dos Búzios, foi criado na Ilhabela e hoje mora em São Sebastião. Fala sobre sua ascendência (português e espanhol). Diz que aprendeu a construir violinos olhando outros violinos e tirando o “modelo”. Explica as madeiras que usa e onde as consegue e diz que faz as cordas do arco com nylon. Dá o nome das partes que do instrumento e demonstra afinação. Comenta que seu violino era um Stradivarius de 1721 ( trata-se, na verdade, de uma cópia, feita na Alemanha) , que tinha obtido em troca de uma espingarda. Aprendeu a tocar treinando de ouvido; tem familiares que tocam violino também. Para ele, o violino funciona como a fala da música e deve ser acompanhado por outros instrumentos. Comenta onde havia tocado recentemente e menciona os músicos Manuel Pereira e Dito de Rosa. Diz que não conhece a Dança de São Gonçalo e que a Folia do Divino só acontece na Ilhabela, mas conhece e participa da congada. Diz que as danças antigas – xiba, ciranda, canoa, serrabalha, quebra-chiquinha - estão acabando. Toca algumas peças musicais - “Folia”, “Despedida da Folia do Divino Espirito Santo”, “Jardineira” (marchinha de carnaval de Benedito Lacerda e Humberto Porto) e uma toada de acompanhar o folguedo do Caiapô da Ilhabela. No final da gravação, existem comentários de Kilza sobre a entrevista de José Elias Alves, em que fala sobre os violinos do lutiê e sobre a indefinição da origem de seu violino Stradivarius.
Fonte: Kilza Setti
Mais informações:
http://www.memoriacaicara.com.br
Indice = 218
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