Zé Gomes
Foto: Silo Cultural José Kléber
Biografia (1937-2009)
Zé Gomes começou a tocar profissionalmente aos 14 anos. Aos 17, mudou-se com a família para Porto Alegre e ingressou no Movimento Tradicionalista, com o grupo "Tropeiros da Tradição", com Paixão Cortes. A formação serviria de modelo a todos os conjuntos que os sucederam. No início da década de 1950, integrou o conjunto "Os Gaudérios". Aos 18 anos, viajou para a França com o conjunto, para participar do Festival Internacional de Folclore, promovido pela Universidade de Sorbonne, voltando ao Brasil com o primeiro prêmio. Em 1955, trabalhou com João Gilberto e Luis Bonfá. Criou, em 1958, o Curso de Violão José Gomes, no qual lecionou para mais de 1.500 alunos, durante uma década. Nesse período, palestrava freqüentemente em seminários culturais e integrava a OSPA. Em 1966, fundou o Seminário Livre de Música (Selim), juntamente com Bruno Kieffer e Armando Albuquerque. Dois anos depois, o Selim se transformou no Centro Livre de Cultura. Em 1969, tornou-se professor na Escola de Artes da UFRGS, através de concurso público, De 1968 a 1971 participou, como arranjador, de vários festivais. Mudou-se para São Paulo no início dos anos 1970, onde, além de continuar lecionando, compôs músicas para teatro, trilhas para cinema, fábulas infantis, quartetos, trios e duos instrumentais, corais, peças para viola e rabeca (instrumento que mais tarde viria a construir), e música sacra.
Participou de mais de 200 gravações, com diversos artistas, entre eles, Arthur Moreira Lima, Chico Buarque, João do Valle, Heraldo do Monte, Elomar, Pena Branca e Xavantinho, Diana Pequeno, Grupo Tarancon, Renato Teixeira, Paulinho Pedra Azul, Marluí Miranda e Alzira Spíndola. Dedicou-se ao estudo da rabeca e da viola de cocho. Viajou a cavalo mais de mil quilômetros pelo Pantanal, Com os parceiros Almir Sater e Paulo Simões, para fazer um filme sobre o homem pantaneiro e pesquisar a música da região. Criou inúmeros projetos de artesanato e fabricação de instrumentos musicais, tais como rabeca acústica, chorongo ou baixo acústico, calimba cromática e violino. Em 2003, marcou participação especial, tocando rabeca e viola no show de Dércio e Doroty Marques, em Campinas (SP). Nos últimos anos, gravava discos independentes com suas próprias composições. Sua última apresentação em Porto Alegre foi em 2007, quando acompanhou Almir Sater ao violino, no Projeto Acorde Brasil, promovido pelo Sesc, no Barracão Estação Cultural. É considerado um dos maiores intérpretes de Villa-Lobos, cuja obra estudou profundamente.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Braileira
Mais informações:
http://www.dicionariompb.com.br/ze-gomes/dados-artisticos
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